Buscando o equilíbrio

Esse é mais um daqueles textos que eu estou há dias pra escrever, mas não consigo sentar, parar e começar . Aí, aquilo sobre o que eu queria escrever semana passada já não é mais importante. Mudam os personagens, mas o tema ainda é o mesmo.
Um dia um professor meu disse em sala de aula, que todos nós sempre estamos buscando o equilíbrio. Que esse é o objetivo de todo o ser humano e que com certeza nunca alcançaremos esse equilibrio ilusório. Sempre algo vai estar mal, ou não estará correndo do modo que queremos.
Meu maior desejo neste momento é estar sozinha. Parece simples, recusar um ou outro convite para sair dos seus amigos, finais de semana em casa vendo dvd e tudo está resolvido. Mas aí aquele seu amigo te apresenta aquele gatinho que tem cabeça pra ser seu irmão mais novo, mas tem um rosto tão, mas tão lindo que eu acabo quebrando o meu pacto comigo mesma. Vou lá e fico com o cara, mesmo sabendo que ele não quer namorar, que ele não vai me ligar no dia seguinte e que será só aquele momento. Mesmo assim, vou lá, sigo em frente, fecho os olhos e o beijo. Penso comigo mesma que é só um beijo, que isso não vai me afetar, e afinal com aquele outro eu fiz tudo tão certo, o que eu tenho a perder?
No dia seguinte quando abro os olhos de manhã, sinto um oco enorme dentro de mim, mas não é culpa dele que só quer galinhar e pegar 8753474 meninas em uma só noite. A culpa é somente minha, por não me lembrar que posterior ao ocorrido td volta ao normal, menos eu. Eu e essa minha mania idiota de achar que das vezes mais absurdas pode dar certo.
Eu e a minha mania idiota de querer mudar o meu jeito de ser e tentar ficar "descolada", a minha mania de sempre falar que dessa vez eu vou fazer td diferente e fazer pior do que da última vez. A minha mania idiota de querer preencher um vazio com absolutamente nada. E aí, quando o nada e o vazio se encontram eu me lembro da minha mania idiota de falar que preciso e que quero ficar sozinha, mas não passar uma semana inteira sem meter em uma enrascada. E a minha mania de sempre procurar um cara inteligente e mais velho que curta jazz e seja independente, mas no fim não poder ver um aborrecente andando com o carro do papai sem carta e achar que corro o risco de me apaixonar por ele.
E a mania mais idiota que eu tenho é de pensar que essa semana eu vou cumprir tudo o que eu prometi no fdesemana pra eu mesma, me torturar psicologicamente por não ter conseguido na sexta feira, armar uma defesa contra o mundo, enquanto Oscar Wilde sempre disse que a vida é tão curta, pra ser levada tão a sério, por coisinhas tão futeis.