A mesma coisa

Estou em crise existêncial em pleno começo de 2008. Engraçado como a gente sempre cai na conversinha barata de que dessa vez tudo será diferente e lá vou eu esperar e esperar aquela mudança que nunca chega. Ou chega de forma tão lenta que a gente nem percebe. Não é uma passagem de ano que vai me tornar a super mulher, aquela que não tem mais medo, é super segura de si, está sempre linda e bela e com 2425774 mil pretendentes legais atrás dela. É na terceira pessoa sim, porque essa não sou eu. Eu sou o oposto disso. Fico louca com as pessoas que falam pra eu não ser insegura, que eu tenho q ser mais eu, mais confiante, etc e tal. Até parece que essas mesmas pessoas que dizem isso não tem nenhum tipo de insegurança, trauma ou coisa parecida. A diferença entre elas e eu, é que eu assumo as minhas fraquezas. E a maior delas é não conseguir manter nenhum tipo de relacionamento. Tinha uma amiga minha, que dizia q eu sempre ficava com o carinha que me apetecesse. Podia ser a coisa mais impossível do mundo, o cara mais gato da festa, mais velho, o mais maluco, eu olhava e ficava com ele. Misteriosamente depois do cara ter me tratado como uma princesa, ele termina comigo. Sem maiores explicações. Depois de alguns anos percebendo que a situação era sempre similar, parei e pensei o porque que eu sempre consigo conquistar o carinha que eu quero mas nunca consigo manter ele comigo. Só há uma resposta que possui algum sentido, que é que quando eu realmente quero algo, jogo todas as minhas enrgias para conquistar e depois que eu conquisto a minha insegurança cresce de uma tal forma que eu não em sinto capaz de manter alguém por muito tempo do meu lado. E talvez eu realmente não esteja pronta para isso. Eu quero viajar, conhecer, sair muito, ter mais um monte de histórias legais pra contar e isso com outro do lado talvez não seja possível. O problema chave aí está na comparação. Em parar de me comparar aos outros e assim não me cobrar mais por não ter alguém, porque ainda que isso talvez não me incomode tanto, sei que incomoda a muita gente o fato de eu estar sozinha. É algo como uma cadeia, em que a minha cobrança puxa o incomodado que puxa a minha insegurança que puxa a minha precipitação que atrai gente ruim pra mim que acaba em derrota mais uma vez, na mesma história com o mesmo final. E com o mesmo sentimento dentro do peito. E com a mesma lembrança imbecil de quem não tem mais o que pensar e lembra logo dele que eu sempre achei que fosse o amor da minha vida. E o amor da minha vida ainda nem apareceu e eu só sei disso porque quando ele vier ele vai fazer totalmente o oposto do que os outros fizeram comigo. E aí sim, eu vou sentir essa sensação que não veio com o ano novo, que as pessoas tanto falaram mas que para mim, por enquanto, continua tudo a mesmíssima coisa.

Beijos

Paty