Fim de Ano

E mais um ano chega ao fim. Hoje passei pela Paulista e notei alguns enfeites de Natal já decorando a Avenida que particularmente acho que é uma das mais belas de São Paulo.
Adoro datas e adoro também pensar o que estava fazendo no mesmo dia do ano anterior. Pensar nas coisas que agregaram ou subtraíram a minha vida; pensar em quantos natais mais terei e como estarei no próximo ano.
Refleti que há exatamente um ano eu tinha uma meia dúzia de amigos que hoje não participam mais da minha vida, ora por motivos particulares, ora por falta de contato. Lembrei-me que estava aos prantos por ele que eu pensava que nunca mais sairia da minha cabeça. Percebi o quanto eu aprendi, evolui, perdi e padeci.
Irei em breve me formar, mudar de casa e de planos. Constituí novos conceitos e valores para a minha vida que me fizeram perder toda a inocência que me restava e a conhecer o mundo real.
Hoje estou mais fria, mais sistemática, mais determinada e mais descrente. Perdi a minha fé em algum canto e talvez nunca mais a ache, nem sei se desejo também.
Meu objetivo hoje é educar ao menos uma pessoa dentre tantas que passarão por mim, mas que essa pessoa lute pelo que ela acredita, desde que não acredite na lealdade de ninguém pra isso.
Atualmente não seria capaz de derramar uma lágrima por alguém e meu coração nunca bateu tão compassadamente; ele anda vazio demais para querer que algo entre dentro de um deserto que pulsa sem saber porque e mesmo que eu tente, ele saberá eliminar o que for colocado dentro dele.
Na política ano passado não tinha perspectivas de um Brasil melhor, esse ano eu já tenho mesmo achando que o Lula ainda tem grandes chances de vencer, me resta uma luz no fim da estrada com outra opção. Mas pensando bem...não, ainda não estamos preparados para lutar, necessitamos de esmolas para sobrevivermos, o Lula proporciona isso pra muita gente e a grande maioria se contenta. Acham que valem R$ 100,00 por mês. Talvez valham menos que isso. Indo mais longe ainda talvez nem saibam o que fazem aqui de passagem na terra.
Acho que estou viajando muito, mas quando se trata de fazer uma analogia com o último ano e o que pode vir no próximo à gente viaja mesmo, é normal.
Esse ano será meu 1º ano sem papai Noel, sem expectativa, sem esperança e ainda que isso pareça doloroso, o fato de eu estar vazia, sem sentimentos, sem perspectivas e sem ilusões, acredite, é uma puta terapia para o corpo e para a mente afinal, antes vazia do que com coisas idiotas preenchendo as lacunas do meu cérebro limitado.
Feliz fim de ano,
Boas reflexões,
Muitos livros,
Sem papai Noel, pois sinto lhes esclarecer que nem ele nem nada da maioria das coisas que aprendemos ao longo da infância são reais.
Bjs,
Paty