Promessa

Fiz uma promessa pra mim mesma antes de ontem. É uma promessa que eu já deveria ter feito há meses, mas nunca consigo, três ou quatro dias depois eu falho e deixo tudo pra lá. Fazer promessas nunca foi o meu forte, cumprí-las menos ainda. Ainda mais eu, que nunca acreditei em nada e sempre achei tudo isso uma grande babaquice. Engraçado como a gente às vezes se sente frágil a ponto de achar que precisamos prometer algumas coisa pra alguém que a gente não sabe o que ou quem é, e achar que isso tudo vai fazer alguma coisa mudar na vida da gente. Geralmente não muda nada, não melhora e nem piora a situação. Mas eu tô nessa fase babbaca e tô acreditando sim, que se eu conseguir cumprir isso que eu prometi vou me tornar outra mulher. Mais seletiva, bemmm diferente daquela que vocês conhecem, consequentemente a minha postura vai mudar completamente e eu vou conseguir tudo o que eu desejo. Deixa eu sonhar, um pouquinho não mata ninguém né?? Pelo menos eu ainda não começei a ler os livros do Paulo Coelho pra me sentir mais confortável com a vida e compará-la a desgraça alheia ( Tá bom, eu já li....mas foi só pra conhecer e não pra auto-ajuda!) e ainda por cima me sentir cool e por dentro de tudo, porque ler Paulo Coelho é chique (argh!). Não, não estou nesse estágio ainda....só dei uma lidinha no meu horóscopo de leve, mas só pq não tinha nada pra fazer, eu não acredito em horóscopo. Melhor fazer promessa tb, do que consultar aquelas cartomantes que só te dizem bobagens e ainda te levam a falência. Também não estou no estágio de tomar remédios fitoterápicos para me sentir mais calma e de bem coma vida. Só fiz uma simples promessa. Uma tentativa de ser feliz, sem gastar nada, sem me viciar em nada e sem perder tempo lendo auto - ajuda. Ah, e uma praga de um domingo inteiro vendo Gugu pra quem me indicar O Segredo pra ler ( tb acredito em pragas, qnd elas vem do fundo do coração, elas funcionam!). Não quero saber do que se trata o livro, e não quero ser mais uma consumista de um caderninho de receitas para um bando de desesperados que buscam a felicidade e acham que um livro pode mudar suas vidas. Um livro não pode, mas a minha promessa vai me transformar. Podem acreditar. E como de costume, já que eu entrei na dança, não vou poder contar qual é a promessa, senão dá azar. Pelo menos foi assim que me ensinaram.

Beijos

Paty

A mesma coisa

Estou em crise existêncial em pleno começo de 2008. Engraçado como a gente sempre cai na conversinha barata de que dessa vez tudo será diferente e lá vou eu esperar e esperar aquela mudança que nunca chega. Ou chega de forma tão lenta que a gente nem percebe. Não é uma passagem de ano que vai me tornar a super mulher, aquela que não tem mais medo, é super segura de si, está sempre linda e bela e com 2425774 mil pretendentes legais atrás dela. É na terceira pessoa sim, porque essa não sou eu. Eu sou o oposto disso. Fico louca com as pessoas que falam pra eu não ser insegura, que eu tenho q ser mais eu, mais confiante, etc e tal. Até parece que essas mesmas pessoas que dizem isso não tem nenhum tipo de insegurança, trauma ou coisa parecida. A diferença entre elas e eu, é que eu assumo as minhas fraquezas. E a maior delas é não conseguir manter nenhum tipo de relacionamento. Tinha uma amiga minha, que dizia q eu sempre ficava com o carinha que me apetecesse. Podia ser a coisa mais impossível do mundo, o cara mais gato da festa, mais velho, o mais maluco, eu olhava e ficava com ele. Misteriosamente depois do cara ter me tratado como uma princesa, ele termina comigo. Sem maiores explicações. Depois de alguns anos percebendo que a situação era sempre similar, parei e pensei o porque que eu sempre consigo conquistar o carinha que eu quero mas nunca consigo manter ele comigo. Só há uma resposta que possui algum sentido, que é que quando eu realmente quero algo, jogo todas as minhas enrgias para conquistar e depois que eu conquisto a minha insegurança cresce de uma tal forma que eu não em sinto capaz de manter alguém por muito tempo do meu lado. E talvez eu realmente não esteja pronta para isso. Eu quero viajar, conhecer, sair muito, ter mais um monte de histórias legais pra contar e isso com outro do lado talvez não seja possível. O problema chave aí está na comparação. Em parar de me comparar aos outros e assim não me cobrar mais por não ter alguém, porque ainda que isso talvez não me incomode tanto, sei que incomoda a muita gente o fato de eu estar sozinha. É algo como uma cadeia, em que a minha cobrança puxa o incomodado que puxa a minha insegurança que puxa a minha precipitação que atrai gente ruim pra mim que acaba em derrota mais uma vez, na mesma história com o mesmo final. E com o mesmo sentimento dentro do peito. E com a mesma lembrança imbecil de quem não tem mais o que pensar e lembra logo dele que eu sempre achei que fosse o amor da minha vida. E o amor da minha vida ainda nem apareceu e eu só sei disso porque quando ele vier ele vai fazer totalmente o oposto do que os outros fizeram comigo. E aí sim, eu vou sentir essa sensação que não veio com o ano novo, que as pessoas tanto falaram mas que para mim, por enquanto, continua tudo a mesmíssima coisa.

Beijos

Paty

Estúpida o suficiente

Eita 2008 que já começa igual à todos os outros...Igual mas diferente, se é que vocês me entendem. muda o personagem mas o enredo é sempre o mesmo.
Como de costume, é justamente naqueles dias em que a gente menos espera é que acontecem essas bizarrices tão gostosas de se viver. Naquele dia eu só queria ir pra alguma baladinha de "idiotas" pra dançar igual a eles e esquecer um pouco de tudo. Então nós nos conhecemos. Faltou comunicação, quase não entendi uma palavra do que ele disse, na verdade apenas uma frase, em seis horas de balada. Ele me disse que eu era bela. O cidadão era tão, tão, mas tão lindo, que nem o fato de ele ser baixinho me importou. O outro fato de ele não falar a mesma língua que eu me importou menos ainda. Era até melhor, afinal, eu já cansei de toda aquela conversinha hipócrita de caras "cool" de baladinha da Vila Olímpia, que na real só querem te beijar e acha que estão te agradando falando sobre um monte de abobrinhas do tipo " e aí mina, tô de olho em vc desde a hora em que te vi lá fora"!! haha Até parece né?? E eu acredito em deus também seu babaca idiota. A gente beija depois porque o cara é bonito, mas poderíamos ser poupadas de toda o teatrinho anterior. Mas, voltando ao assunto principal, estou eu aqui, sentindo uma sensação estranha que está sempre tão presente dentro de mim que de estranho não tem mais nada. Só muda mesmo o personagem, que nesse caso é um fofo total. O cara brinca com tudo, é capaz de me fazer rir a noite inteira, me chama de ragatza más bella, princesa, gatina mia, pega na minha mão o tempo todo e me chama de namorada, fala que eu sou linda, inteligente e culta. Já conversei mais com ele por mímica do que com qualquer outro cara verbalmente. As risadas são diferentes, não existe ciúmes, brigas nem preocupação. Ele adora dançar, toca piano, e ainda que seja mais baixo que eu, é um dos caras mais lindos que eu já vi na minha vida. Sabe aquela pessoa que dá vontade de ficar junto??? Vontade apenas de ficar olhando para os olhos dela??? E a propósito, os dele são verde escuro. Lindos. Fui muito feliz esse restinho de ano, por ter alguém tão bacana do meu lado, mesmo sabendo que tudo isso iria acabar. E agora já está acabando. O coração está doendo um pouco, porque talvez eu não o veja nunca mais. Não sei curtir o momento quando sei que ele está acabando, sofro sim por antecipação e fui capaz de ser estúpida o suficiente para me encantar com um carinha que nem aqui mora. E daqui há pouco mais de uma semana ele estará muito longe de mim e das nossas risadas, brincadeiras, dos nossos beijos e de tudo o mais que eu tanto gostei, e que com certeza nunca mais vou me esquecer. Dizem que a gente tem sempre que tentar fazer diferente a cada ano que passa, senão é zica para o resto dos onze meses. Eu já começei me apaixonando da forma mais bizarra possível. Mas como não sou superticiosa, n creio que os outros onze meses serão iguais não. Que seja sim mais um ano igual, mas com personagens que me façam tão bem como ele. Esse ano e sempre!

beijos,

Paty